Entenda onde se aplicam os tipos de juros simples e compostos

Os juros fazem parte do cotidiano financeiro de empresas e famílias. Eles estão presentes em várias formas de transações, como as que envolvem parcelamentos, por exemplo. Também é comum ouvir falar em taxas de juros, no âmbito da economia, como quando se fala em taxa básica de juros e sua influência nos preços. Na prática, os juros são uma forma de remunerar o risco envolvido nas operações financeiras.

O juro é o preço do dinheiro, que incide sobre um valor em função do tempo em que certo capital está aplicado ou emprestado, como se fosse um aluguel. Existem dois tipos fundamentais de juros: o simples e o composto. São duas formas diferentes de calcular o montante final, e entendê-las é importante para saber quanto se está pagando por algo, uma vez que os resultados diferem significativamente.

A fórmula dos juros simples faz com que o montante cresça de maneira mais gradual do que o composto. Isso acontece porque o juro simples incide sempre sobre aquele montante inicial. Se, por exemplo, toma-se emprestado R$ 1.000 a 10% ao mês, nos juros simples, o valor fixo de juros será de R$ 100 ao mês, e isso se repetirá por todo o tempo da operação. O crescimento dos juros é, portanto, linear.

Nos juros compostos, acontece algo diferente. É o chamado juros sobre juros. Considerando o mesmo caso do exemplo anterior, no primeiro mês, o valor dos juros se incorpora ao valor inicial. No segundo mês, os mesmos 10% de juros agora incidiram sobre R$ 1.100, resultando em uma parcela de R$ 110. No terceiro mês, o montante inicial será de R$ 1.210, e assim sucessivamente. Aqui, os juros sobem de maneira exponencial.

A finalidade deve ser sempre observada. Um investimento que remunere em juros compostos é muito mais interessante que um que remunere em juros simples, por exemplo. Contudo, uma dívida que seja calculada em juros compostos é muito mais perigosa e, descontrolada, pode virar uma bola de neve.

Conhecer as fórmulas utilizadas pela matemática financeira pode auxiliar no cálculo, ideal para se fazer antes de contrair qualquer dívida ou mesmo antes de começar um investimento. Mas, ao fim, o mais importante é entender que o tempo é o fator mais importante quando se fala sobre juros – deve-se sempre olhar para o longo prazo.

As fórmulas são as seguintes:
Juros simples
J = C x I x T, em que J é o total a ser pago, C é o capital inicial, I é a taxa de juros (que deve ser exprimida na forma decimal) e T é o tempo em meses.

Juros compostos
J = C x (1+I)^T, em que J é o total a ser pago, I é a taxa de juros no formato decimal e T é o tempo em potência.

No entanto, esse cálculo é facilmente realizável utilizando uma calculadora de juros compostos. A ferramenta facilita a simulação de diversos cenários, ajudando assim a encontrar a melhor escolha para um investimento ou empréstimo.

Fonte: Jornal Contábil

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