Planos de saúde de MEIs, pequenas e médias empresas têm reajuste menor em 2025. Veja aumento por operadora

As maiores operadoras de planos de saúde do país têm aplicado reajustes em torno de 15% nos contratos coletivos de microempreendedores individuais (MEIs) e de pequenas e médias empresas (PMEs), com até 29 usuários. O patamar está, em geral, abaixo do registrado no ano passado. Em alguns casos, o percentual de correção é inferior em até 5 pontos aos reajustes anteriores.
Os percentuais são válidos para o ciclo entre este mês de maio e abril de 2026, sempre no aniversário do contrato.
Maior operadora do setor, a Hapvida definiu o reajuste em 11,5%, bem abaixo dos 16% do ano passado. Já a Notredame Intermédica, do mesmo grupo empresarial, fixou o percentual em 15,2%, 4 pontos abaixo dos 19,2% aplicados em 2024.
Na SulAmérica, segunda maior operadora de convênios, o reajuste é de 15,23%, contra 19,67% em 2024. Já na Bradesco Saúde, os contratos serão corrigidos em 15,1%. No ano passado, o reajuste foi de 21%.
Reajuste de planos de saúde PME
Operadora
% em 2024
% em 2025
Unimed Nacional (ex CNU)
18
19,5
Care Plus
23,1
18,2
Amil
22
16
Porto Seguro
17
15,9
Unimed Ferj
19,9
15,6
Athena Saúde
16
15,4
Notredame Intermédica
19,2
15,2
SulAmérica
19,7
15,2
Bradesco Saúde
21
15,1
Hapvida
16
11,5
Fonte: Itaú BBA e BTG
Em outras operadoras, os reajustes foram maiores. A Unimed Nacional (ex-CNU) calculou a correção dos contratos em 19,5%, acima dos 18% de 2024, enquanto na Amil os reajustes serão de 16%, 6 pontos percentuais abaixo dos 22% do último ciclo de aumentos.
Diferentemente dos planos individuais, cujo reajuste tem um teto definido pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), a correção dos contratos coletivos é definida pelas operadoras de planos de saúde.
No caso dos contratos para PME, com até 29 vidas, as empresas geralmente determinam o percentual a partir do índice de sinistralidade, que representa a fatia da receita da operadora que é usada para custear a assistência médica dos usuários.
Além disso, pelas regras da ANS, esses planos são tratados por agrupamento de risco: ou seja, vale para todos os contratos PME o mesmo reajuste.
Nos últimos anos, os percentuais de correção dos contratos vinham subindo. Agora, analistas acreditam que as reduções têm a ver com "melhorias operacionais" no setor.
Samuel Alves e Yan Cesquim, do BTG, avaliaram que, com a redução nos índices e sinistralidade, houve "uma certa desaceleração nos reajustes", a mesma conclusão a que chegaram Vinicius Figueiredo, Lucca Marquezini e Felipe Amancio, do Itaú BBA.
"As principais operadoras vêm apresentando melhorias operacionais sólidas nos últimos trimestres, com desaceleração do custo por beneficiário graças ao maior controle de fraudes e uso excessivo, além da otimização da rede de prestadores. Isso também se deve aos fortes reajustes aplicados nos ciclos anteriores", escreveram os analistas em relatório.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios