E-commerces de moda usam vendas nas redes sociais para criar conexão com consumidor
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As vendas diretas nas redes sociais foram a principal ação de marketing dos empreendedores de moda em 2024 — 56% deles usaram esse canal no ano passado, de acordo com o NuvemCommerce 2025, estudo anual sobre o e-commerce realizado pela Nuvemshop. Grupos VIP no WhatsApp e Telegram foram a segunda tática mais popular entre os lojistas na plataforma, com 39%. O e-mail marketing foi usado por 17%.
De acordo com o relatório, as estratégias nas redes sociais foram utilizadas pelos empreendedores que buscaram criar um relacionamento com o público e sua fidelização. "As marcas de moda estão cada vez mais focadas na conexão e na venda direta com o consumidor. Muitas buscam se destacar não só pelo seu nome, mas também pelo seu propósito e se tornam referência pela história de seus fundadores, por exemplo", afirma Alejandro Vázquez, presidente e cofundador da Nuvemshop, durante coletiva de imprensa de apresentação da pesquisa nesta terça-feira (18).
Já no WhatsApp, os grupos proporcionaram um contato direto e exclusivo, favorecendo a criação de comunidades. “É uma estratégia importante para aumentar o engajamento e se aproximar com a audiência. No grupo, o empreendedor oferece descontos, mostra as coleções com antecedência e conta as novidades”, destacou Vitor Peçanha, diretor de marketing da Nuvemshop Next.
O Instagram é utilizado por quase todas as empresas de moda — 98% estão na rede social de fotos e vídeos. Em seguida vêm WhatsApp (68%), Facebook (59%), TikTok (39%) e Pinterest (15%).
A pesquisa foi conduzida entre novembro e dezembro de 2024 e leva em consideração 2,6 mil empreendedores que utilizam a Nuvemshop, sendo 32% deles do setor de moda.
Entre os recursos mais utilizados na loja online de moda em 2024 estavam inteligência artificial (27%), vídeos de produtos no site (21%), atendimento digital e chatbots (10%), carteiras digitais (6%) e provador virtual (6%).
Planos
Para este ano, 58% responderam que pretendem investir em vídeos de produtos, 57% em provadores virtuais e 33% em live commerces.
Segundo o estudo, esse tipo de investimento contribui com a redução de devoluções e o aumento da taxa de conversão, pois "transmite maior segurança ao consumidor, aproximando a experiência digital da física". "Estes podem ser recursos para destacar sua marca em 2025", diz Peçanha.
Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios