Como manter serviços bancários online seguros

Golpes relacionados a serviços bancários estão entre os mais comuns no Brasil. Quem lidera o ranking é o golpe da clonagem do cartão de crédito ou troca de cartões, que representa 44% dos ataques ou tentativas de ataques. Esse dado foi revelado pela pesquisa Radar Febraban, de fevereiro de 2024. Diante disso, é fundamental que os usuários estejam atentos para proteger suas informações online, como números de contas e senhas de acesso.

Mas como fazer isso? Primeiro, é preciso conhecer quais são os principais tipos de fraudes praticadas por esses golpistas online.

Os principais tipos de golpes financeiros online
A seguir, veja quais são os golpes financeiros mais comuns e então entenda como se proteger contra eles.

1 - Golpe do cartão clonado
Para aplicar este golpe, os criminosos roubam os dados do cartão de crédito do usuário e os transferem para outro cartão, tornando possível a realização de compras em nome da vítima. Os dados podem ser roubados de diversas formas, como táticas de persuasão online usadas pelos criminosos, vazamentos de dados na internet ou até leitores adulterados em caixas eletrônicos e maquininhas de cartão.

No caso das compras realizadas virtualmente, o golpe torna-se ainda mais simples, pois apenas com os dados do cartão e do usuário, os criminosos já conseguem realizar compras online, sem a necessidade de um cartão físico.

2 – Phishing
Nesses casos, os golpistas enviam e-mails ou mensagens de texto que parecem ser de entidades confiáveis, incentivando os destinatários a clicar em links maliciosos e fornecer informações confidenciais, como senhas ou números de contas. Sendo um dos tipos mais comum de golpe na internet, esse esquema tem como objetivo roubar dados pessoais e obter acesso a contas financeiras das vítimas.

3 – Pix acidental
No golpe do “Pix errado”, o criminoso envia um Pix para uma chave de celular e, depois, entra em conta com a vítima alegando que fez a transferência por engano e que gostaria de solicitar a devolução, porém ele compartilha uma outra conta para transferência. Uma vez que a vítima devolve o valor, o criminoso aciona o Mecanismo Especial de Devolução (MED), uma ferramenta de devolução de transferências alvo de fraude. Com isso, o saldo do valor “acidental” do Pix é removido da conta da vítima.

4 – Impostor do governo
Nesse esquema, os golpistas entram em contato com a vítima, geralmente por e-mail ou mensagem, e fingem ser funcionários do governo, alegando que a vítima deve impostos ou taxas e ameaçando-a com ações legais caso ela não pague imediatamente os supostos débitos. Em outra variação do crime, os criminosos também podem alegar que a vítima ganhou um prêmio que exige o pagamento de taxas de processamento antes do recebimento final.

Como aumentar seu nível de segurança?
Ter conhecimento dos principais golpes bancários aplicados é um bom começo, mas não é suficiente. Para uma proteção abrangente, algumas medidas devem ser adotadas, como:

Usar uma VPN
O uso de uma rede virtual privada (VPN) pode fornecer uma camada adicional de segurança ao criptografar o tráfego da internet. Isso é particularmente importante ao acessar serviços bancários online a partir de redes Wi-Fi públicas. Outra funcionalidade interessante da VPN é a possibilidade de alterar o endereço IP dos usuários. Você pode estar pensando: “Mas como mudar meu IP vai ser relevante?”. A questão é que o IP fornece informações importantes sobre o usuário e, ao ocultá-lo, é possível dificultar que os hackers rastreiem suas atividades online.

Implementar autenticação de dois fatores
O uso da autenticação de dois fatores instala uma camada extra de segurança para as suas operações online. Com ela, além da senha habitual, é preciso fornecer uma adicional forma de verificação, como um código enviado para o seu dispositivo móvel via SMS ou app. Isso torna o acesso não autorizado muito mais difícil.

Manter os aplicativos e softwares atualizados
Manter os sistemas e software atualizados garante que os patches de segurança mais recentes sejam instalados nos dispositivos, protegendo-os contra vulnerabilidades conhecidas. Isso abrange não apenas programas bancários, mas também o sistema operacional e quaisquer aplicativos usados ​​para transações financeiras.

Ter senhas seguras
É essencial que os usuários usem senhas fortes e exclusivas para todas as suas contas e que as alterem regularmente para prevenir eventuais vazamentos. Na hora de selecionar os códigos, deve-se evitar usar informações facilmente adivinháveis, como datas de aniversários, apelidos ou palavras comuns. Uma opção para isso é empregar gerenciadores de senhas, que ajudam a gerenciar e armazenar senhas complexas com maior segurança.

Educar e treinar funcionários
No caso de profissionais de contabilidade e empresários, é crucial educar os funcionários sobre as fraudes e práticas de segurança mais comuns, além de outros tópicos importantes sobre a segurança cibernética. Sessões regulares de treinamento podem ajudar os colaboradores a reconhecer e evitar ameaças potenciais, além de oferecer a eles boas diretrizes sobre como agir ao se deparar com esses problemas.

Implementar controles de acesso
Nas empresas, também é muito importante implementar um limite de acesso a informações confidenciais com base nas funções de trabalho. Somente os funcionários que realmente precisam de acesso a dados financeiros devem tê-lo. Ao usar controles de acesso baseados em funções, é possível minimizar o risco de acesso não autorizado e elevar o nível de segurança de seus sistemas.

Em linhas gerais, a melhor maneira de evitar o comprometimento de dados pessoais e financeiros por esses golpes é ter uma atitude proativa e manter uma boa higiene virtual, empregando senhas fortes, aplicando métodos de acesso seguros, usando ferramentas de segurança adicional e educando a si mesmo e aos seus colaboradores.

Fonte: Contábeis

WhatsApp