Open finance passa a agregar investimentos nesta sexta-feira (29)

O open finance, sistema de compartilhamento de dados capitaneado pelo Banco Central (BC), se tornará, de fato, open finance nesta sexta-feira (29), quando entra em vigor o chamado open investment, etapa que envolve a troca de informações transacionais sobre investimentos.

Com a novidade, os clientes poderão autorizar seus bancos a acessarem seus dados de investimentos em outras instituições, abrangendo tanto investimentos de renda fixa (como debêntures, CRI, CRA, CDB, etc.) quanto de renda variável (como ações, ETFs, BDRs) e fundos.

As informações compartilhadas podem abranger a denominação do produto, sua rentabilidade, quantidade, prazos, saldos da conta do cliente, movimentações financeiras dos últimos 12 meses e dos próximos 12, dependendo da duração do consentimento do usuário.

Embora a implementação seja gradual, essa nova fase intensificará a competição já acirrada entre bancos, corretoras independentes e gestoras no mundo das plataformas de investimento.

Com o compartilhamento de informações, não necessariamente surgirão novos produtos, mas haverá casos clássicos de uso. Um deles é o agregador de contas, que permitirá aos clientes visualizar todo o seu patrimônio financeiro em uma única interface.

A partir disso, há uma série de ações que os concorrentes podem adotar. Por exemplo, se uma corretora perceber que o cliente possui um produto próximo ao vencimento em outra instituição, poderá oferecer um investimento similar. Se notar que o cliente possui ações de uma determinada empresa em outra instituição, poderá fornecer análises e pesquisas sobre essas ações.

Com acesso a mais dados, será possível conhecer melhor o perfil do usuário e oferecer alternativas mais adequadas, à medida que o algoritmo aprenderá as preferências do cliente, semelhante às sugestões de filmes da Netflix. Além disso, será viável oferecer uma abordagem mais abrangente, ou seja, ao ter acesso aos dados completos do patrimônio do cliente, a instituição poderá sugerir ajustes de risco em sua carteira, por exemplo.

Fonte: Contábeis

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