Saúde mental no trabalho: não cuidar será um dos grandes males para o empregador

A quantidade de pessoas afastadas do trabalho por causa de transtornos mentais aumentou 20% em 2023 comparado ao ano anterior, segundo pesquisa da It’sSeg Company, corretora de benefícios. Foram cerca de 2 mil casos entre os 473 mil trabalhadores que compuseram o estudo. 

Desse modo, problemas de saúde mental se tornaram a segunda maior causa de afastamentos do trabalho, atrás apenas de lesões corporais com pouco menos de 2.300 casos. Doenças do sistema osteomuscular e do tecido conjuntivo — incluindo tendinites e dores musculares em diversas regiões, como a lombar — ocupam a terceira colocação. 

Fatores como a incerteza sobre o futuro e a dificuldade para equilibrar a rotina pessoal e profissional após a pandemia continuam afetando a saúde dos profissionais, provocando aumento no número de afastamentos por transtornos mentais e comportamentais.

Investir na saúde mental
Em muitos casos a rotina das empresas segue sendo extremamente desgastante e é preciso que patrões e empregados busquem meios de aliviar o estresse das obrigações laborais.

Os benefícios de investir na saúde mental são evidentes. Ambientes de trabalho que priorizam o bem-estar mental, além de protegerem seus trabalhadores, também se tornam mais produtivos, atraem e retêm talentos. 

Sem falar que reduzem custos significativos relacionados a afastamentos, tratamentos médicos e rotatividade de pessoal. Estudos apontam que 97% das empresas no Brasil que investiram em programas de bem-estar tiveram retorno positivo. 

Doenças Mentais relacionadas ao trabalho
Há centenas de transtornos mentais catalogados atualmente. No entanto, muito tem sido mudado no sentido dos efeitos do meio laboral no bem-estar psíquico. Isso só reforça a importância de cuidar da saúde mental no ambiente de trabalho.

Por exemplo, desde 2022, a CID 11, a mais recente classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS), estabeleceu a Síndrome de Burnout, também chamada de Síndrome do Esgotamento Profissional, como “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”.

Além disso, é comum a presença de transtornos de ansiedade, depressão  e síndrome do pânico dentre os funcionários das empresas.

Qual a importância da Saúde Mental no Ambiente de trabalho?
Entender que o cuidado da saúde mental é uma prática diária e constante é o primeiro passo para atingir mais qualidade de vida no trabalho.

Quando você está em equilíbrio consigo mesmo é possível transbordar ao outro tal estado. Assim sendo, o cuidado com a saúde mental no ambiente de trabalho afeta não só o aspecto individual, mas sobretudo o coletivo.

Somente equipes com colaboradores equilibrados mentamental conseguem estabelecer uma boa comunicação entre si e, consequentemente,  construir pontes que aumentam a sinergia no dia a dia do trabalho.

Todavia, quais as consequências de um ambiente de trabalho que falta esse olhar mais atencioso com a saúde de seus colaboradores? Dentre as principais repercussões podemos citar:

Absenteísmo (prática habitual de abandonar o cumprimento de deveres e funções do  cargo);

Aumento do turnover (alta rotatividade de pessoal em uma organização);

Afastamento;

Aposentadoria precoce.

Tais consequências representam custos importantes às corporações, o que pode resultar até mesmo no fechamento de negócios.

Como as empresas podem ajudar nessa situação?
As organizações devem ter três abordagens:

proteger a saúde mental reduzindo os fatores de risco relacionados ao trabalho;

promover a saúde mental ao desenvolver aspectos positivos de trabalho e as habilidades dos empregados;

enfrentar casos de problemas de saúde mental independentemente da causa.

Outras medidas incluem entender as oportunidades e necessidades dos empregados individualmente, ajudando a desenvolver melhores políticas para a saúde mental no ambiente de trabalho.

Fonte: Jornal Contábil

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