Como o conceito de Team Building pode auxiliar no crescimento da empresa
A pandemia que acabamos de vivenciar gerou inúmeros fenômenos que impactaram diretamente a forma como as pessoas se relacionam com o trabalho e com as organizações, por exemplo, o Great Resignation que, segundo alguns veículos, como NYTimes e CNN, noticiaram, parece ter chegado ao fim) e dentro desse contexto, ações que procuram conectar pessoas e cultura e criar senso de equipe estão encontrando espaço nas demandas das lideranças na gestão de seus times. Projetos de “Team Building”, desse modo, ganham destaque como uma abordagem que pode apoiar líderes nesse processo.
O termo hoje está muito conectado a eventos de integração de equipes, em geral com atividades outdoor ou dinâmicas construídas para permitir que se gerem alguns insights sobre como atuar em equipe. Porém, um programa de team bulding pode ser uma ação mais ampla e que realmente acompanhe um grupo de pessoas a construir relações e laços de confiança que realmente culminem numa atuação em equipe.
Segundo Renato Soares, diretor da Tack TMI, divisão de treinamento e desenvolvimento da Gi Group Holding, com o Team Building é possível desenvolver aspectos relevantes para quebrar as barreiras que muitas vezes impedem um ambiente de trabalho mais fluido. O objetivo é ajudar as pessoas de uma determinada área ou estrutura de uma empresa e se verem como equipe e terem insights sobre quais são as barreiras que dificultam a operação daquele grupo como equipe.
O trabalho de team building pode ter diferentes níveis de profundidade e a abordagem para cada situação será diferente, mas em qualquer ocasião, é importante entender que uma ação ou um programa de team bulding exige métodos e conceitos que suportem a atividade.
Por exemplo: um trabalho de team building para uma equipe no final de um ano fiscal e que quer ter uma manhã ou tarde de atividades que permitam criar proximidade e facilitar a formação de um senso de equipe terá uma abordagem totalmente diferente de um programa de team bulding de altos executivos de duas empresas que acabaram de consolidar uma fusão e que agora estão, em conjunto, responsáveis por gerar a performance desejada dessa nova organização.
É necessário trabalhar com ferramentas e metodologias que permitam o autoconhecimento e o conhecimento coletivo, respeitando assim cada estilo de interação, suas diferenças e complementariedades e como eles podem desenvolver ações em conjunto para o sucesso nos resultados do negócio.
“A formação de um grupo passa por etapas de maturação das relações de confiança entre seus componentes. Essa maturação é um processo que, ao final, deve permitir que os membros daquela equipe possam concordar, discordar, mas fundamentalmente ter a certeza de que todos ali estão tomando as ações e atitudes que acreditam serem melhores para a equipe como um todo e para a organização”, explica Soares.
A implantação do conceito geralmente é realizada por entidades externas especializadas e coordenadas por profissionais com competências necessárias na área. O fato desse profissional ser um elemento externo à empresa permite que ele possa fazer os questionamentos e provocações com liberdade necessária para promover reflexão.
Um programa de Team Building deverá trabalhar eminentemente com as temáticas endereçadas a partir da demanda e do alinhamento com o cliente, além de promover a reflexão a partir de experiências, aplicando os insights nas experiências do dia a dia, aprimorando as habilidades de pensar e agir diariamente mediante os desafios e as rotinas do trabalho.
Retorno positivo
Qualquer pessoa possui três necessidades essenciais que devem ser atendidas e que impactam diretamente a capacidade desse individuo em gerar resultados: as pessoas precisam estar confiantes na sua capacidade de realizar seu trabalho, precisam sentir que podem fazer escolhas com autonomia e independência dentro do contexto das situações e do trabalho e se sentir conectadas, perceber que realmente fazem parte de um grupo e que serão apoiadas por eles. “O trabalho do Team Bulding ajuda o grupo a refletir de forma que a conexão entre elas exista de maneira consistente e transparente”, diz Soares.
Diminuição do turnover
Outro ponto positivo é o impacto que uma ação dessa pode ter no nível de engajamento das pessoas da organização. Segundo o executivo, para que as empresas consigam operar de forma competitiva no mercado, com capacidade de inovar e surpreender o cliente, o senso de equipe e a força do coletivo são fundamentais para garantir essa capacidade de resposta das pessoas aos desafios.
“Fazer as pessoas verem que sua atuação gera contribuições significativas para os resultados da equipe, ter um ambiente psicologicamente seguro para que divergências e pontos de vista possam ser discutidos e compartilhados e ter uma alta liderança que também mostre consistência na forma como trabalha em equipe e na forma como cobra seus times para fazerem o mesmo são elementos que geram um ambiente mais engajador ”, reforça o executivo.
A melhoria das habilidades de resolução de problemas internos também faz parte dos benefícios dessas atividades, que buscam estimular o pensamento lateral, a ativação de competências estratégicas, a consideração de pontos de vista alternativos e a capacidade de utilizar da melhor forma os recursos disponíveis para atingir um determinado objetivo.
O executivo alerta que melhorar a dinâmica de comunicação da equipe é essencial, tanto em pequenos grupos quanto em grandes multinacionais, que integram centenas de pessoas nos seus quadros. Uma abordagem construtiva da comunicação pode quebrar as dificuldades que surgem das hierarquias, da burocracia e das dificuldades mais objetivas de troca de informações.
“Investir nesse tipo de ação significa dotar os seus colaboradores dos recursos de que necessitam para desbloquear novas atitudes positivas e trazê-los de volta para aquilo que é foco para a empresa, dando novas ideias à criatividade e motivação da equipe”, finaliza Soares.
Fonte: Contábeis